Aqui colocarei um pouco dos meus pensamentos e muito dos meus sentimentos. Escrevo pra mim, sem me preocupar com erros gramaticais ou de concordância. Mas quem quiser compartilhar e opinar que seja bem vindo(a)!!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Normose

Recebi um e-mail da Libia com um texto de Martha Medeiros que achei muito interessante.
Falando no Prof. Hermogenes, tenho saudades de quando ele vinha fazer palestra no Amaral Ornellas, aprendi muito com ele.




NORMOSE:

Lendo uma entrevista do prof º Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador
da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito
procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença
de ser normal.

Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é
exatamente fácil de alcançar.

O sujeito 'normal' é magro, alegre, belo, sociável e bem-sucedido.

Quem não se 'normaliza' acaba adoecendo.


A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias,
depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não
enquadramento.

A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? Quem são esses
ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre
nossas vidas? Eles não existem.

Ninguém bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado.

Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha 'presença'
através de
modelos de comportamento amplamente divulgados.

Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos,
seja lá quem for todos.

Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira.
Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se
precisa.

Você precisa de quantos pares de sapato? Quantos carros? Quantas casas?

Pesar quantos quilos até o verão chegar?

Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de
exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta.

Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as
regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria
e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo.

Criaram o seu 'normal' e jogaram fora a fórmula, não patentearam,
não
passaram adiante.

O normal de cada um tem que ser original.

Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros.

É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.

Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou
crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover
obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples
e sincera.

Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos
homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e
felizes.

Martha Medeiros ( 05.08.07)- Jornal Zero Hora-P.Alegre-RS

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